Total de visualizações de página

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Genética e Bioquímica

ANEMIA FALCIFOrme 

Uma mutação pontual no gene da Hemoglobina Beta (HBB), localizado no braço p do cromossoma 11, apresenta-se como a causa molecular desta doença. A mutação de uma timina por uma adenina na sequência deste gene, troca o sexto codão CAG por um codão CTG. Tal reflecte-se na substituição do aminoácido glutamato, de carácter hidrófilo, por uma valina, de carácter hidrofóbico na proteína. O gene com a presença de mutação denomina-se de HbS em oposição a HbA para o gene normal.Esta alteração não conduz a alterações nas estruturas secundária, terciária e quaternária da proteína em condições de normóxia. Contudo, em condições de hipoxia, a proteína apresenta intrinsecamente uma bolsa hidrófoba que permite a associação da valina de uma cadeia β mutada de uma proteína de hemoglobina próxima e, assim, a polimerização da hemoglobina com formação de fibras.
 A deposição das fibras de hemoglobina resulta numa diminuição da flexibilidade dos eritrócitos, que adquirem uma forma em foice. Quando ocorre a reoxigenação há a possibilidade de o processo se reverter e, assim, um eritrócito pode sofrer vários ciclos de deformação que o vão progressivamente deteriorando.
Figura 2 - Esquema representativo dos efeitos da polimerização da  Hemoglobina S
O tempo de vida média de um eritrócito falciforme é de 10 a 20 dias por oposição a 90 a 120 dias de um eritrócito normal.
O porte dos eritrócitos falciformes encontra-se associado a uma série de riscos e complicações, dos quais se salienta a obstrução dos vasos sanguíneos, e consequente degeneração dos tecidos por isquémia.


           
       

Nenhum comentário:

Postar um comentário